(Foto: Cesar Ovalle) |
Eric
Silver é um grande músico americano, que iniciou sua carreira em Nashville,
conquistando a todos com seu abrangente talento no campo cultural. Desde o ano
de 2007, Eric é o compositor norte-americano mais gravado no Brasil, com
mais de sessenta músicas gravadas por artistas brasileiros, como as bandas CPM22,
Titãs e NX Zero.
Em
entrevista ao Entre Bandas, Eric Silver conta sobre seus projetos, como se deu
seu contato com o Brasil, sua parceria com o grupo paulistano NX Zero, além de estabelecer
uma relação entre a música brasileira e a norte-americana. Confira:
Entre Bandas: Quando surgiu seu interesse pela música e como você ingressou nessa área?
Eric Silver: Comecei a tocar aos sete ou oito anos de idade. Meus pais são músicos também e sempre me encorajaram a tocar. Aos treze anos, comecei a trabalhar em uma loja de instrumentos musicais e, desde então, já tentava aprender a tocar, com uns instrumentos que eu pegava emprestado na loja. Tocava, inclusive, com bandas locais da minha cidade, prática que se iniciou mais ou menos nesse período.
Entre Bandas: Além de compor, produzir e cantar, você toca violão, guitarra, violino e piano. Com qual desses instrumentos você se identifica mais? Tem, ainda, algum outro instrumento que esqueci de citar?
Eric Silver: Sim, além desses instrumentos que você mencionou, toco também bandolim, baixo e banjo. Dentre eles, talvez eu toque melhor o violão. Mas, na verdade, gosto muito de tocar piano por conta da riqueza do som.
Entre Bandas: Você já
participou de CDs de diversos artistas, auxiliando na produção e composição de
canções. De que forma isso teve influência na sua música e em sua “bagagem”
cultural?
Eric Silver: Bom, eu acho que é impossível separar as suas influências musicais se você está compondo ou produzindo. Em outras palavras, o seu estilo é seu. Claro, cada estilo tem sons específicos, não é comum usar um banjo em uma canção de rock, por exemplo. Mas, hoje em dia, não é tão raro ouvir estilos bem misturados. Eu sempre gosto de ultrapassar os limites. Após comprar um surdo, eu imediatamente usei em uma canção country.
Eric Silver: Bom, eu acho que é impossível separar as suas influências musicais se você está compondo ou produzindo. Em outras palavras, o seu estilo é seu. Claro, cada estilo tem sons específicos, não é comum usar um banjo em uma canção de rock, por exemplo. Mas, hoje em dia, não é tão raro ouvir estilos bem misturados. Eu sempre gosto de ultrapassar os limites. Após comprar um surdo, eu imediatamente usei em uma canção country.
(Foto: Cesar Ovalle) |
Entre Bandas: Qual desses projetos ficou
mais marcado para você? Existe algum que tenha sido mais especial?
Eric Silver: Claro que é muito especial para mim lançar o meu primeiro projeto como artista. Isso foi um sonho para mim. Quis isso a minha vida toda, e eu quase desisti da ideia.
Eric Silver: Claro que é muito especial para mim lançar o meu primeiro projeto como artista. Isso foi um sonho para mim. Quis isso a minha vida toda, e eu quase desisti da ideia.
Além
disso, eu tive muita sorte de ter uma música no CD das Dixie Chicks que chegou à
primeira posição no Billboard e vendeu mais de 10 milhões de discos. Eu também
tenho muito orgulho de ter produzido uma artista canadense que se chama
Michelle Wright. Ela ganhou o prêmio de Artista do Ano no Canadá, concorrendo
com Shania Twain.
Entre Bandas: Como você teve o primeiro contato com o Brasil e com a música brasileira?
Eric Silver: Muitos anos atrás, Almir Sater veio para Nashville, onde eu moro, para gravar um CD. O produtor me convidou para tocar naquele projeto. Almir me chamou, então, para ir ao Brasil com a minha banda e tocar em uns festivais com ele. Eu amei a experiência e, a partir de então, passei a ter um carinho muito grande pelo Brasil.
Entre Bandas: Qual a diferença, para você, entre a música brasileira e a norte-americana?
Eric Silver: É difícil falar especificamente sobre o que é diferente nas músicas. Algumas vezes isso é bem evidente e, em outras vezes, mais sutil. Depende de qual tipo de musica você quer discutir. Jazz, samba, rock, country etc. Eu acho que a música popular no Brasil pode ser um pouco mais complicada em ritmos e melodias do que nos EUA. As músicas nas rádios norte-americanas são tipicamente mais simples. O sertanejo é muito diferente do country americano, mas geralmente rock é rock, rap é rap e dance é dance.
Entre Bandas: O single “When You’re Here” teve a participação do cantor Di Ferrero, da banda NX Zero, e você também participou de canções do grupo e até do show em que o DVD foi gravado. Você já conhecia a banda antes de trabalhar com ela? E como foi essa experiência?
Eric Silver: Eu gravei com eles em dois CD’s antes de conhecê-los pessoalmente. Na minha indústria, eu trabalho com artistas diferentes todos os dias e eu fiz esse tipo de trabalho durante toda a minha vida. Mas, com esses caras, foi diferente, pois acabamos nos tornamos bons amigos. Eu adoro trabalhar com o NX Zero, eles me tratam como se eu fosse um sexto membro da banda. Nos falamos muito, mesmo quando estou nos EUA.
Show 10 anos de NX Zero, com participação de Eric Silver |
Entre Bandas: Dentre essas canções, tem o single “Cedo ou Tarde”, que fez grande sucesso. O que você achou da parceria nessa música? Imaginou que ela faria tamanho sucesso?
Eric Silver: Eu lembro ter sentindo alguma coisa especial quando gravei essa música e me dediquei bastante a ela. Mas, como moro nos EUA, não pude ouvi-la nas rádios. Então, era difícil eu saber o quanto cada música fazia sucesso. Pude descobrir através dos meus amigos.
Entre Bandas: Qual a definição que você dá para seu álbum “When You’re Here”?
Eric Silver: Em “When You’re Here”, você ouvirá, basicamente, capítulos da minha vida, sons que marcaram minha trajetória e muitas partes da minha história transformadas em música.
Entre Bandas: O que não pode faltar na playlist do seu Ipod?
Eric Silver: Na verdade, eu costumo me viciar em um CD de cada vez, e fico escutando o mesmo por muito tempo. Às vezes eu não escuto nada, por conta do cansaço que dá em meus ouvidos depois de acabar um trabalho de horas no estúdio. Porém, tem uns álbuns mais clássicos que eu nunca canso de escutar. Gosto bastante de ouvir as canções de Peter Gabriel, James Taylor, Sly Stone e, para me calmar, ouço Imogen Heap, uma artista de muito talento.
Entre Bandas: Já tem planos para o segundo semestre de 2012?
Eric Silver: Eu pretendo fazer mais produções aqui nos EUA e no Brasil. Confesso que estou muito empolgado para fazer mais shows Brasil! Se você quiser um na sua cidade, peça que nós tocaremos lá!
Entre Bandas: Eric, obrigada pela entrevista. Foi um prazer ter sua participação aqui no Entre Bandas. Tem algum recado que você queira deixar ao pessoal?
Eric Silver: Gostaria de dizer que amo ir ao Brasil e ficar com o pessoal daí. Eu aprecio muito todo o apoio e carinho dos meus amigos brasileiros!
Camila Pasin
Nenhum comentário:
Postar um comentário