Quebrando com o usual, o grupo Gogol Bordello traz ao Brasil muita energia, talento e autenticidade, elementos de seu "gypsy punk" (Foto: Fernando Yokota) |
HSBC de São Paulo é invadido por punk-ciganos na quarta-feira, 25 de Setembro
Como
assim?! É isso mesmo, e esses ciganos estrangeiros levaram muita energia e cor
à casa de eventos! Energia é, sem dúvidas, a melhor palavra para descrever o
show do grupo Gogol Bordello na capital paulista. A banda, que trouxe em sua
bagagem influências musicais e culturais de cada canto do mundo, contagiou
todos os presentes e não deixou ninguém parado. Ucrânia, China, Alemanha,
Estados Unidos, Etiópia, Bielorrússia, Rússia e Equador são os países de origem
dos oito integrantes do Gogol Bordello. Esse é um dos detalhes que torna as
melodias tão especiais e peculiares: a diversidade de influências na
composição, que conta, ainda, com uma combinação maluca entre os também
diversificados instrumentos.
Eugene Hütz, vocalista do grupo (Foto: Fernando Yokota) |
A
turnê é do álbum “Pura Vida Conspiracy”, que acabou de sair do forno, sendo o
oitavo disco do grupo. “Lost Inocent World” e “Malandrino” foram algumas das
novas músicas tocadas no show, em São Paulo. A segunda, “Malandrino”, é, de
acordo com o cantor e compositor Eugene Hütz, uma autobiografia, já que as
pessoas se referiam a ele como “malandro” durante o período em que morou no Rio
de Janeiro. Mas não foram só as canções novas que rechearam o setlist. “Start
Wearing Purple”, “Immigraniada”, “Wonderlust King” e “Break the Spell” foram
outras músicas que fizeram o público pular até cansar.
Aliás,
cansaço era um fator ausente no palco do HSBC, naquela noite. Era absolutamente
impressionante a energia que os músicos demonstraram. Em cada música, cada
nota, a todo o momento havia uma imensa movimentação no palco. Gritando pela
revolução e liberdade, com uma garrafa de vinho na mão como um brinde àquela
festa, Eugene e seus companheiros mostraram que é possível unir o trabalho à
diversão, de forma natural e bem espontânea.
Esse
espetáculo não teria sido o mesmo sem a grande animação da plateia, que se
divertiu ao frenético ritmo dos violinos, sanfonas e outros diversos
instrumentos e vozes que caracterizam o tal do “gipsy punk”, marca do Gogol
Bordello. Naquela noite, todos sabiam dançar, cada um à sua maneira. E o mesmo
aconteceu nos outros shows realizados pela banda no Brasil nesta temporada.
Além de São Paulo, o grupo levou sua mistura de punk rock e cigano a Curitiba,
Porto Alegre e ao festival Rock in Rio, onde tocou ao lado do cantor Lenine.
Este comentário foi removido pelo autor.
ResponderExcluirÓtima banda e ótima matéria. Sou fã desse site!
ResponderExcluir