Ao ouvir
pela primeira vez uma música do projeto criado pelos músicos Gustavo Pagan e
João Milliet, alguém desavisado pode arriscar sem medo de errar: “é gringo”.
Mas o Pagan John é, na verdade, um novo som feito por músicos e produtores
brasileiros – com o diferencial da qualidade irretocável de todas as fases do
projeto, desde a gravação e arranjos à mixagem e masterização.
Black to
Grey é o disco de estreia do Pagan John. O nome do grupo é um trocadilho com o
sobrenome do vocalista Gustavo Pagan e o primeiro nome de João Milliet, lido
com entonação igual a das canções, em inglês. No disco, João Milliet fica a
cargo das guitarras base e solo, violão e mandolin, e Pagan pelos vocais.
São onze
faixas autorais com influências folk e pop, e letras que falam do amor de
variadas formas, com caprichada produção musical. Pagan e João são amigos de
longa data que se reencontraram em meio a diferentes projetos musicais e
criaram o Pagan John para dar corpo a uma lista de canções
que foram compostas, além da dupla, pelo produtor Rique Azevedo e pelo letrista
Ian Millais, que também assina a coordenação artística e a produção executiva
do projeto.
A
sonoridade do Pagan John destaca instrumentos acústicos, violão e guitarras –
além do mandolin - ladeados por baixo e bateria com
belos timbres e os vocais fortes e precisos de Gustavo Pagan - em baladas
suingadas como She is My Hero; com influências do folk em Black to Grey; a
explosiva Coming Alive. O disco foi gravado em diferentes tempos, no SteakHouse
Studios (Los Angeles/EUA), por Ken Eisennagel – engenheiros de álbuns do
Megadeth e Ron Wood; no Cada Instante Studios (São Paulo), capitaneada por
Rique Azevedo e João Milliet – responsáveis também pela produção de bandas como
Gloria e Lunablu, e no La Fabrique Studios (Avignon, França), por Damien Arlot.
Na Europa,
o trabalho de composição, gravação e mixagem do Pagan John foi elogiado em um
módulo do prestigiado curso Mix with the Masters, com o engenheiro de mixagem Manny Marroquin (Kanye West,
Bruno Mars, Alicia Keys, John Mayer e Eminem), que mostrou aos participantes as
qualidades de captação do disco, levado ao curso por João Milliet. O tempero
internacional do Pagan John ficou então completo a partir daí, com a
participação especial do baterista Victor Indrizzo, (Chris Cornell, Beck, Macy
Gray, Gnarls Barkley e Alanis Morissette, entre outros) e do baixista Jonathan
Ahrens (Jason Mraz).
Pegada de banda internacional e emoção genuinamente brasileira fazem o Pagan John despontar como uma das maiores promessas do folk pop. Brasileiro, porém gringo.
Nenhum comentário:
Postar um comentário